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INICIATIVAS SUSTENTÁVEIS: SOLAR EAR – INCLUSÃO E INOVAÇÃO

  • esgmkt
  • 7 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

No mundo existem 250 milhões de pessoas que precisam de aparelhos auditivos, segundo a Organização Mundial da Saúde, mas só 16 milhões são produzidos por ano. Desses, 12% são feitos em países em desenvolvimento, onde há alta incidência desse tipo de deficiência e o uso de tratamentos e remédios contra infecções de ouvido é restrito. Além disso, um aparelho auditivo custa entre R$ 1 mil e R$ 10 mil + R$ 3 por semana para a bateria, valor muito alto para a maioria dos deficientes auditivos do mundo.

Com este quebra-cabeça em mãos, o canadense Howard Weinstein desenvolveu um aparelho auditivo digital de baixo custo, com baterias recarregáveis a energia solar e tecnologia inédita no mundo a um custo 80% menor que as peças tradicionais. A principal inovação está no carregador, que armazena energia durante o dia para recarregar a bateria durante a noite, evitando o descarte de baterias no meio ambiente. Com isso, mais de 200 milhões de pilhas deixarão de ser descartadas no meio ambiente anualmente. Além disso, o carregador e as baterias recarregáveis ainda podem ser utilizados por 90% dos aparelhos que estão no mercado e não apenas em aparelhos da empresa.


Para a fabricação dos aparelhos e carregadores, a Solar Ear apostou na inclusão social e profissional de pessoas com deficiência auditiva. No Brasil, a organização treina 20 jovens por ciclo de trabalho, que recebem durante o programa, treinamento em eletrônica, processos produtivos e procedimentos de qualidade. A capacitação abrange ainda treinamentos em micros solda, normas da ANVISA, entre outros. Este período de treinamento permite que a empresa retenha os melhores talentos para serem multiplicadores do conhecimento em outras localidades, e após o fim de cada ciclo, os jovens estão aptos a ir para o mercado de trabalho.


O objetivo da Solar Ear é garantir que crianças possam receber aparelhos auditivos antes dos três anos de idade e, se possível, aprender como comunicar-se (falar) e ir as escolas regulares, já que não existem muitas escolas para surdos no mundo.


Tudo o que a empresa lucra é reaplicado em suas missões sociais, como capacitar jovens surdos para trabalhar com microeletrônica no Brasil e na China ou combater a Aids na África. e a tecnologia utilizada é oferecida gratuitamente – não é patenteada – inclusive para potenciais concorrentes. Em 2015, a Yunus investiu R$1,5 milhão na Solar Ear para contratar vendedores e estruturar uma rede de distribuição.


Fonte: FISP | Por Karen Pegorari Silveira

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