CASO PATAGONIA LEVANTA BANDEIRA PARA A URGÊNCIA DO ESG NA PRÁTICA
- esgmkt
- 22 de set. de 2022
- 2 min de leitura
Fonte: Meio e Mensagem

Decisão da família Chouinard, fundadora da marca de vestuário outdoor, em transferir lucros para entidades que combatem mudanças climáticas dão rumo para empresas em todo o mundo e acendem discussão acerca do tema.
Se por muitas vezes o senso comum prega que o engajamento em causas climáticas encontra no capitalismo um obstáculo para ter efetividade, uma movimentação recente do mercado pode apontar o contrário. Nos últimos dias, muito vem sendo especulado acerca da decisão da família Chouinard, fundadora da Patagonia, marca de vestuário outdoor, de transferir todos os lucros da companhia – cerca de US $ 3 bilhões – para entidades que combatem as mudanças do clima.
O anúncio foi feito na semana passada, por meio de uma carta do dono, Yvon Chouinard, que leva o título ‘Earth is now our only shareholder’ (A Terra é agora nosso único acionista – em tradução livre). A decisão evidencia – e reforça – o propósito e missão da empresa desde seu surgimento, em 1973, de mudar a forma como os negócios eram feitos, sobretudo, em prol do meio ambiente.
A partir de agora, 100% do capital votante da Patagonia pertence à Patagonia Purpose Trust, entidade criada pela própria empresa para proteger seus valores. Já as ações que não dão direito a voto foram doadas à Holdfast Collective, instituição que se compromete a combater a crise ambiental e demais questões do tipo.
O movimento levanta a bandeira de que, mais do que adotar o ESG na teoria, é preciso levá-lo para ações práticas. A repercussão internacional mostra o peso da decisão sobre os modelos de negócios atuais – independentemente do segmento. No exterior, a imprensa dá o tom da mudança que o movimento propõe. O El País, em sua versão em inglês, por exemplo, classificou a jogada como a transformação de uma marca em um fenômeno político.
Comments